06 junho, 2009

Ele conversava com as paredes
Era estranho como observava as rosas
Os retratos da família
E o licor o convidava pela última vez, sempre

Seus lábios tremiam

Era audacioso a ponto de ouvir
A velha lua cantando
A ponto de seguir o barco engarrafado
Consumido por puro êxtase

Posição tomada quando novo
Acendendo um cigarrinho fino
Plenitude de quem tem segredos
Ele esquecia assim da dor

Engraçado como balançava a cabeça
E os dedos dançavam em suas mãos
Sonhos nunca esclarecidos pelo coração
Passo a passo, vida a vida


:: como faz pra desmanchar a imaginação? ::

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