Somos tão perfeitos
Ao ponto de os peitos
Erguerem-se em orgulho
Ao passo que se faz noturno
Minha forma de querer
Ao andar que nada e nada é viver
Entrego-me pela sua vida
Faço-me varrida em algum momento
Digo que é lamento
Mas choro seco
Se não for por você
Digo verdades sóbreas
E as sobras são de pura
Inquietação
Digo que talvez
Amar seja em vão
Desde que o vão vá de mim à você
Digo sim
que é orgulho
Essa minha forma de observar
De acreditar
Que somos mais que dois
Diga-me
Que sua fadiga é mera coincidência
Diga-me que sua ausência
É premeditada
E que causada pela dor
Não deixará marca de nada
:: seus olhos não escondem as palavras que não vem ::
06 junho, 2009
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